Fico admirada com a arte…
Sua maneira de falar nos cingindo com todo seu magnetismo…
Pois muitas vezes não compreendo com meu intelecto,
mas, absorvo e sinto no mais profundo de minha alma,
Sem mesmo conseguir explicar.
Sinto em meu ser toda beleza e encanto ao ver… ouvir… e ler…
Não tenho dom de fazer arte…
Tenho dom de admirá-la.
Cantiga de campo
de concentração
a gente bem sente
com precisão
mas recordo a tua imagem
naquela viagem
que eu fiz pro sertão
eu que nasci na floresta
canto e faço festa
no seu coração
Voa, voa, azulão.
Voa, voa, azulão.
Cantiga de roça
de um cego apaixonado
cantiga de moça
lá do cercado
que canta a fauna e a flora
e ninguém ignora
se ela quer brotar
bota uma flor no cabelo
com alegria e zelo
para não secar
Voa, voa no ar
Voa, voa no ar
Cantiga de ninar
a criança na rede
mentira de água
é matar a sêde:
diz pra mãe que eu fui pro açude
fui pescar um peixe
isso eu num fui não
tava era com um namorado
pra alegria e festa
do meu coração
Voa, voa azulão
Voa, voa azulão
Cantiga de índio
que perdeu sua taba
no peito esse incêndio
céu não se apaga
deixe o índio no seu canto
que eu canto um acalanto
faço outra canção
deixe o peixe, deixe o rio
que o rio é um fio de inspiração
Voa, voa azulão
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Música: Vital Farias
Canta: Amanda costa
Programa: Sr Brasil – Rolando boldrin
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento…
Num momento de desilusão…
sem acreditar mais, sem razão, sem cor, onde tudo é ilusão…
Me deparo com a Arte!..
Que me leva a repensar e refletir…
É… acho que a vida vale a pena apesar dos pesares…
Não olho a minha (no momento)…
Vejo a vida de outras pessoas e me encanto…
Acho que a vida é Linda!..
Essas artes em argila, onde de um barro se forma um adorno…
vejo que o homem foi feito para criar, produzir, doar, enfim…abençoar!..
Fotos: Atelier Iara Nicola
http://www.atelieriaranicola.com.br
Aquilo que foi grande e deslumbrante…
Como diz Drummond: nunca fenece, vence a dor…
Digo eu: nunca fenece, mesmo com dor…
Como diz Drummond: tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.